domingo, 29 de janeiro de 2017

Seremos uma eterna província!!!


Enquanto meu veículo imaginário, rasga as trilhas lamacentas do meu município, em mais um “rally” promovido pelo erário público, pego-me pensando: É, Porto dos Gaúchos precisa urgentemente de uma nova prefeitura. Um prédio maior com salas amplas e confortáveis. Primeiro que será mais uma obra para a sede do nosso município, já que o prédio atual é antigo e mau acabado. Segundo, para abrigar os novos e velhos contratados pelo poder público.
  Como munícipe contribuinte, as vezes me pergunto se a folha de pagamento do município não está inchada com tantas contratações e nomeações. Será que caberá todos no espaço físico da Prefeitura?!! Quem deverá responder esta pergunta são os lídimos e convenientes representantes do povo. Isto mesmo os Vereadores. Aqueles que bateram em suas portas e deram-lhe uma tapinha nas costas, para em seguida pedir-lhe o voto.
  Esta nociva prática de acomodar a “cumpanheirada”, não foi criada pelos políticos do nosso município. Ela é antiga, porém foi muito bem aperfeiçoada nos governos petistas de Lulla e Dillma.
  Os petistas criaram inúmeros cargos de confiança, em todos os escalões governamentais, e a conta, como sempre foi enviada ao contribuinte, através de uma voraz e enorme carga tributária. A exemplo disto, veja o caos administrativo do Estado do Rio de Janeiro, veja o caos da previdência social, que entra ano e sai ano, tem somados inúmeros déficits, vejam a máquina perdulária e ineficiente do estado no sentido lato da palavra.
  Seja no âmbito federal, estadual e até no municipal, tenham certeza, a conta sempre acabará por conta do contribuinte.
Voltando a nossa província, espero que tanto o Poder Executivo e Legislativo, tenham consciência que a caminhada é árdua, principalmente é o que pensam os esperançosos eleitores.
  Os eleitos asseguraram seus votos, tomaram posse em seus cargos, e a esperança é de que não iniciem a gestão acomodados em suas confortáveis poltronas, mas sim que ouçam o lamentar das ruas. Esperamos que não se acovardem pelos seus interesses políticos. Esperamos que façam jus aos seus salários, pagos com o sacrifício do povo massacrados pela intensa carga tributária, que como doença contagiosa assola toda esta nação.
  Aqueles que foram julgados pelos eleitores, e não foram eleitos ou reeleitos, agora se acomodam em um cargo público de livre nomeação do chefe do Executivo. É festa, regozijo, início de mandato todos estão felizes e esperançosos, com o novo velho estilo de se governar. Aquela velha opinião crítica, a muito foi relegada ao esquecimento, as vezes retorna.
  O retorno de uma simples crítica, não tem o escopo de macular a imagem política dos governantes locais, muito pelo contrário, o objetivo e alerta-los de que alguma coisa haverá de ser feita pelo Município como um todo.
  Vale lembrar, quanto aos gastos com pessoal, nesse contexto, que foi aprovado a proposta do governo federal que estabelecia padrões para a gestão de recursos e limites aos gastos públicos, em todas as esferas de governo. A Lei Complementar 101/2000, conhecida como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), também buscou transparência na gestão pública, obrigando os administradores a divulgar relatórios e demonstrativos dos gastos.
  A LRF fixa limites para o ­endividamento de União, Estados e Municípios e obriga os governantes a definirem metas fiscais anuais e a indicarem a fonte de receita para cada despesa permanente que propuserem. A partir da LRF, prefeitos e governadores foram impedidos de criar uma despesa por prazo superior a dois anos sem indicar de onde viriam os recursos.
  Já para combater os expressivos aumentos de gastos em anos de eleição, a LRF proíbe o aumento das despesas com pessoal nos seis meses anteriores ao fim do ­mandato e a oferta de receitas futuras como garantia para empréstimos, as famosas operações com antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato. Porém os gestores públicos acharam uma forma de burlar tais exigência, jogando tais gastos, para o exercício seguinte do ano eleitoral.
  Sempre haverá o perigo, pois em caso de não cumprimento das normas, a LRF estabelece, sanções pessoais para os responsáveis, de qualquer cargo ou esfera governamental, como perda do cargo, inabilitação para emprego público, multa e até prisão.
  Para os velhos críticos como eu, carcomido pelo correr do tempo, é importante questionar sempre, principalmente no que concerne à quem herdará o comando político deste município?!! Nossos jovens, pelo que se observa a grosso olhos, simplesmente não tem senso crítico. Não imaginam eles, da importância de ter uma opinião participativa. Muitos optam em partir para outros locais mais promissores do que o nosso, em busca de emprego ou estudo. E os não condeno por isto!!!
  E os Vereadores?!! Será que irão cumprir com suas obrigações fiscalizatórias?!! Ou continuarão meros ratificadores dos atos de interesse do Executivo?!!
  Ninguém gosta de críticas, mas sinceramente espero que Executivo e Legislativo Municipal, ajam com sabedoria e responsabilidade, nosso município precisa de um choque de criatividade, dinamismo, pois caso contrário prosseguiremos caminhando para um futuro incerto, exportando jovens e até famílias inteiras, para outros municípios em busca de um futuro sólido.
  Nossa já combalida economia, prosseguirá dependente dos Municípios vizinhos, e continuaremos de forma jocosa ser chamado de província da corte juarense.
  Retornamos ao antigo dilema, crescer ou permanecer pequeno?!! O investidor privado, adquire terras ou outros bens em nosso município, porém optam em continuar residindo em seus municípios de origem e isto não é bom para a economia local.


  Alguma coisa haverá de ser feita, mas sinceramente não tenho respostas para minhas indagações críticas. Espero que a classe política atual as tenham, afinal de conta foram eleitos para que façam alguma coisa, ou estou errado?!! Respeitosamente fica aqui meu singelo alerta.