A
notícia da possibilidade da extinção da Comarca de Porto dos Gaúchos, apesar de
ser uma especulação antiga, contribui ainda mais como um entrave ao
desenvolvimento sócio econômico do município. Por mais que os políticos e a
classe empresarial, não acreditem nesta possibilidade, será uma grande derrota
para o município.
Porto
dos Gaúchos enfrenta uma histórica crise em seu desenvolvimento, sempre atribuída
a uma possível postura intransigente, egocêntrica e arrogante dos antigos
colonizadores, (Isto sempre foi ventilado) até a especulação doentia dos
imóveis urbanos e adjacentes dos dias atuais, que somente colaboram para uma
visão retrógrada dos seus proprietários.
Infelizmente,
o povo portogauchense, em sua maioria dependem dos investimentos privados para
a geração de empregos e isto não tem acontecido na escala esperada pelo
crescimento do agronegócio.
Ao
contrário do que aconteceu em outros municípios, Porto dos Gaúchos, ainda sofre
com históricas cicatrizes. Sofre com o possível descaso político local, quando ignoram
empresários, que passam em nosso portão rumo a progressiva urbe Juarense. Não
tem como negar, estamos há muito patinando na rampa lamacenta do sonhado
desenvolvimento. Somos como um veículo sem tração “nas quatro”, que ao acelerar,
com a intenção de vencer os obstáculos da lama, ao invés de ir para frente
retorna alguns metros para trás.
De
uns dias para cá, alguns empresários locais se lançaram em edificar e reformar
os prédios antigos do centro, estes merecem respeito e admiração, porém mesmo
assim, alguns relutam e preferem manter seus imóveis em ruínas, sem nenhuma
engenharia ou arquitetura de melhoramento, enfeando nossa cidade. Até os
prédios públicos, estão em ruínas, a exemplo disto, a escola estadual.
Somente
com a intenção de lembrar das promessas de campanha do atual gestor, este dizia
que iria fazer um novo prédio da Prefeitura, logo esta promessa caiu em
esquecimento, como é do costume eleitoreiro. Não quero que pense que a minha
crítica é depreciativa, estou assustado como todo cidadão portogauchense.
Hoje
quando passo próximo ao Paço municipal em minhas caminhadas semanais, enxergo
um amontado de sucatas espalhadas pelo seu pátio, espelhando o nosso futuro e o
descaso administrativo que vem ao longo dos tempos se perdurando. Uma cena
apocalíptica futurista digna de uma película “hollywoodiana”
O
que ainda é mais desanimador, é a notícia veiculada da extinção da Comarca,
mesmo diante da edificação do prédio do Fórum novinho em folha, que de uma
certa forma embelezou nossa sofrida urbe. O receio é que simplesmente fique em
desuso se a indesejada extinção vier acontecer.
Sugiro,
que o Poder Executivo e Legislativo local, convoque uma urgente reunião pública
para debater o problema, procurando encontrar meios para que, possamos caminhar
de forma segura rumo ao futuro, atraindo investimentos privados, e meios de
combater a especulação imobiliária, doa a quem doer.
Todos
terão que fazer sacrifícios, ou amargaremos mais esta derrota, que certamente
contribuirá em muito para o desânimo dos investidores locais e de outros que
porventura intencionam em aqui se estabelecer. A iniciativa do investidor não deve
ficar truncada por uma notícia desta, pois pode criar incertezas e insegurança
jurídica.
Quero
deixar claro que o meu “post”, não é somente crítico, buscando afetar um ou
outro político ou empresário. Quero que aceitem como um alerta, e seja urgentemente buscado
soluções administrativas conjuntas para tal situação.
Clamo
também a atenção do setor privado, para que não desistam dos investimentos,
frente a tão nociva notícia. Nesses momentos difíceis, que temos que caminhar
firmes e unidos.