quinta-feira, 11 de julho de 2019

latinhas como migalhas.


  Já havia algum tempo, que não escrevia minhas crônicas, porém, algo me chamou a atenção, e a única forma de trazer o problema a discussão pública é escrevendo e publicando como de costume.
  Achei interessante, o programa desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo da nossa urbe, intitulada como “Amigos do Arinos”. É louvável que os agentes públicos e a classe política local, demonstrem preocupação com o nosso Rio Arinos, desenvolvendo programas que visem sua preservação.
  O trabalho desenvolvido pelo poder público e voluntários, objetivando o recolhimento de lixos deixados nas margens e até mesmo atirados no leito do rio, bem como o combate a pesca predatória, merecem respeito da população.
  Como sugestão, deveriam incluir neste programa, o combate ao apossamento e edificações desenfreadas de ranchos ou casas de pesca em suas margens e ilhas, que vem destruindo a vegetação ciliar. Muitos dos lixos atirados no Arinos, podem ter sua origem nestes locais. Como me dissera um conhecido meu, que ele seria um autêntico amigo do Rio, pois não joga lixo em seu leito, e nem praticava pesca predatória.
  Toda vez, que me dirijo a minha Fazenda, localizada na estrada da balsa, lembro da conhecidíssima fábula, “João e Maria”. Para quem não se lembra, é aquela que dois irmãos, João e Maria, marcavam o caminho na floresta, com migalhas de pão, com o intuito de achar o caminho de volta.
  Na estrada da balsa, os pescadores estão marcando o caminho, com latas vazias de cerveja, evidentemente com o objetivo de encontrarem o caminho de volta e prosseguirem com seus atos imundos de espalhar o lixo por onde passam. Quando posso, no trecho em que trafego, eu e meus netinhos recolhemos as latinhas tirando-as e destinando-as para reciclagem. Porém chegando o final se semana ou feriados, elas insistentemente retornam.
  Para agravar ainda mais a situação, na localidade do treze, entrada da estrada da balsa, estão desenvolvendo um lixão a céu aberto, poluindo e depredando o meio ambiente, situação está que deveria ser investigado pela municipalidade, a fim de descobrir o responsável por tamanha imundice.
  Fica aqui o meu veemente repúdio a aqueles que insistem em poluir, não somente o nosso majestoso Rio Arinos, mas outros locais de igual importância a preservação ambiental.