terça-feira, 5 de outubro de 2021

Fim do imbróglio.

 

  Quanto ao imbróglio, surgindo com aprovação de uma Lei, cujo objetivo era alteração do nome da avenida Rio Grande do Sul, para o nome do saudoso contador e morador desta cidade, pai da Vereadora Luciana Bündchen,  gerador de uma grande polêmica dando causa a uma ampla mobilização popular, retornou a Casa com o veto do Prefeito Municipal. E com aprovação da maioria dos membros da Edilidade voltou ao anterior “status quo”, mantendo-se o nome histórico de Avenida Rio Grande do Sul.

  Houve polêmica?!! Houve ofensas?!! Sim, pois são consequências naturais do processo democrático que estamos sujeitos. Porém o interesse público, o interesse da maioria, sobrepujou ao particular.

  O autor do Projeto que após aprovado pela casa, virou Lei e sofreu o Veto do Poder Executivo, enviou áudios pelas redes sociais, acusando que o movimento foi de poucos, (um ou dois segundo ele) omitindo propositadamente que houvera uma ampla mobilização, por parte das pessoas atingidas, moradores daquela via objeto da indesejada mudança. Omitiu que o veto aconteceu devido o Prefeito atender um considerável rol de assinaturas de pessoas descontentes com a alteração do nome da Avenida.

  É importante reafirmar, que não somente foram os moradores da Avenida que se manifestaram contrário, porém uma grande parte da população portogauchense também sem posicionaram contrário aquela alteração.

  O veto foi submetido à apreciação da Edilidade, sendo que Vereadores, que antes votaram pela sua aprovação, tiveram a grandeza de rever seus posicionamentos pretéritos e se posicionarem do lado da maioria que não queriam a alteração almejada. Ou seja, votaram pela manutenção do Veto do Poder Executivo.

  O Plenário lotou de pessoas, manifestando-se contrário a alteração e favorável ao Veto do Prefeito Municipal. Exercício pleno da cidadania, então não foi somente “um ou dois”, como ventilou o Autor daquela Lei, posteriormente vetada.

  Os Vereadores que tiveram humildade e grandeza para rever seus atos, foram Eder Boldrin, Donizete e o Tampinha da São João. Votou com eles o Vereador Leandro Budke que antes já havia se posicionado contra aquela preposição.

  Quem ganhou com tudo isto?!! Quem ganhou foi o povo, e não apenas um ou dois, como a narrativa derrotada quis fazer acreditar.

  Parabéns ao Prefeito Vanderlei de Abreu, que se posicionou do lado do povo, parabéns aos Vereadores que reviram seus posicionamentos e ficaram do lado do povo. Que todo ocorrido sirva de lição e propósito para situações como esta não venham a ocorrer futuramente.

  Como dissera, o Ilustre Professor e advogado Vicente Celso Quaglia em sua conhecidíssima obra intitulada “Fundamentos da Administração Municipal” (Editora Forense), “as grandes administrações, as de prestígio duradouro, são as que obedecem a um plano e não as de fruto de improvisação.”

  A Lei e o devido processo legislativo, não deve ficar refém de reivindicações de grupelhos e do interesse pessoal. É quase frequente pelo país a fora, que os políticos não levem em conta os interesses coletivos, mas sim interesses subjetivos.

  Reafirmo, que neste caso específico houve ponderação do Prefeito Municipal e dos Vereadores que reviram seus posicionamentos, e atenderam de forma humilde o clamor do seu povo. Fica aqui o meu singelo reconhecimento pela grandeza de seus posicionamentos.