quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Os Edis e suas preposições!!!

  Nesta semana, os Vereadores de minha cidade, mergulharam em uma incômoda polêmica, onde foram envolvidos os interesses individuais “de uns” em detrimento aos interesses de uma considerável maioria aqui intitulada “de outros”. “Nós” contra “eles”, assim definido. Tudo porque, a toque de caixa, resolveram mudar o nome de um logradouro público.

  Pois bem, e eu como sempre, fui contemplado com o título de maior responsável pela celeuma, por fazer parte daqueles “outros” contrários e atingidos pela mudança aprovada pela Casa do Povo.

  Não sei onde me enquadro neste polêmico contexto de interesse egocentrista, se sou “nós” ou “eles”, vai depender do ângulo de postulação e dos interesses em jogo.

  Sei que fui contra a mudança aprovada, por me causar incômodos e aborrecimentos. Então os incomodados são “eles”, onde eu me enquadro, os favorecidos e beneficiários são “nós”. Que confusão!!! Aplica-se o velho ditame popular, “pimenta nos olhos dos outros, é refresco...” rssssss.....

  Egocentrismo é o comportamento voltado somente para si ou tudo que lhe diz respeito, ou ainda, a incapacidade de diferenciar-se dos outros. (grifei) Quando em um indivíduo em especial, usa-se o termo "egocêntrico", denotando alguém preocupado consigo mesmo e indiferente aos problemas dos “outros”, (...)”. (fonte: Wikipédia). Resumindo, conjunto de atitudes ou comportamentos indicando que um indivíduo se refere essencialmente a si mesmo. (definição psicológica).

  ÉTICA: Em resumo, é o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.

  Sou morador do logradouro atingido pela mudança, desde quando aqui aportei, ou seja, a 37 anos passados. Será que não tenho o direito de manifestar-me contra a mudança??? Não, você não tem o direito, afinal de contas, é a homenagem póstuma ao pai de um membro do legislativo local. Reafirmo aqui, que nada tenho contra a pessoa do homenageado, contanto que o logradouro, fosse um outro, ainda não consolidado pelo passar dos anos.

  Estão fazendo uma vitimização absurda pela celeuma, e se afastando do dever ético dos membros da Casa, cujo dever, seria o interesse do povo, e não de um número reduzido de pessoas, somente com o escopo de atender o egocentrismo de meia dúzia. Neste caso específico, de um membro daquela Casa.

  Chegaram ao absurdo de dizer que há uma disputada entre dois escritórios de contabilidade. Tenham paciência, em momento algum isto está ocorrendo, parem de se vitimizar, e fazer disto uma disputa individual, voltem-se para o interesse da maioria. Aliás, disputa profissional, se dá pela competência, e não em nome de ruas ou avenidas.

  Quero deixar claro, que minha manifestação é publica, nunca fiz nada as escondidas, fui contra, sou contra e continuarei contra a mudança objeto daquela infeliz preposição, por entender que somente trará aos atingidos incômodos e outros transtornos, principalmente o econômico. Sei que tem aqueles comodamente favoráveis, é um direito de cada um pensar como lhe aprouver.

  É sabedor, que o Vereador é inviolável pelas suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, infelizmente mesmo que isto desagrade e fira os interesses de outrem, ou do povo de um modo geral.

  Como também é de conhecimento, que certas atitudes e preposições, mesmo que ocorra pelo ato e posicionamento do Edil acobertado pela sua inviolabilidade, pode ser incompatível com o decorro parlamentar, ainda mais, quando entendido como abuso de suas prerrogativas.

  Um Vereador, quando empunha uma bandeira de interesse pessoal, deixa de lá tudo aquilo que jurou respeitar, concernente ao interesse primordial do povo que o elegeu. Principalmente sendo antiético, comportamento este contumaz nos dias atuais.

  É louvável que ele, o Vereador, empunhe uma bandeira que acredita ser de interesse de uma considerável maioria. Mas quando esta bandeira é de seu interesse pessoal, passa a ser puro egocentrismo e antiético.

  A preposição votada e aprovada pela Casa, para eu, em minha insignificância posição de eleitor no exercício de uma pretensa cidadania, não passou de uma massagem de ego de um dos membros daquela Edilidade. E quando este membro sai a luta para manter a aprovação integral daquela preposição, passou a ser visto como “massageamento” individual, ou auto “massageamento”. Comportamento este incompatível, com aquele que os eleitores esperam daqueles que receberam o seu voto.

  Fica aqui meu solitário protesto, fica aqui minha repulsa!!!  Como também fica aqui, meu apoio e admiração, aquele Vereador, que ousou a enfrentar aquela incomoda situação, se colocando contra a preposição. Para você fica aqui registrado meu solitário porém publico aplauso.