quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

De novo?!!!

A notícia da possibilidade da extinção da Comarca de Porto dos Gaúchos, apesar de ser uma especulação antiga, contribui ainda mais como um entrave ao desenvolvimento sócio econômico do município. Por mais que os políticos e a classe empresarial, não acreditem nesta possibilidade, será uma grande derrota para o município.
Porto dos Gaúchos enfrenta uma histórica crise em seu desenvolvimento, sempre atribuída a uma possível postura intransigente, egocêntrica e arrogante dos antigos colonizadores, (Isto sempre foi ventilado) até a especulação doentia dos imóveis urbanos e adjacentes dos dias atuais, que somente colaboram para uma visão retrógrada dos seus proprietários.
Infelizmente, o povo portogauchense, em sua maioria dependem dos investimentos privados para a geração de empregos e isto não tem acontecido na escala esperada pelo crescimento do agronegócio.
Ao contrário do que aconteceu em outros municípios, Porto dos Gaúchos, ainda sofre com históricas cicatrizes. Sofre com o possível descaso político local, quando ignoram empresários, que passam em nosso portão rumo a progressiva urbe Juarense. Não tem como negar, estamos há muito patinando na rampa lamacenta do sonhado desenvolvimento. Somos como um veículo sem tração “nas quatro”, que ao acelerar, com a intenção de vencer os obstáculos da lama, ao invés de ir para frente retorna alguns metros para trás.
De uns dias para cá, alguns empresários locais se lançaram em edificar e reformar os prédios antigos do centro, estes merecem respeito e admiração, porém mesmo assim, alguns relutam e preferem manter seus imóveis em ruínas, sem nenhuma engenharia ou arquitetura de melhoramento, enfeando nossa cidade. Até os prédios públicos, estão em ruínas, a exemplo disto, a escola estadual.
Somente com a intenção de lembrar das promessas de campanha do atual gestor, este dizia que iria fazer um novo prédio da Prefeitura, logo esta promessa caiu em esquecimento, como é do costume eleitoreiro. Não quero que pense que a minha crítica é depreciativa, estou assustado como todo cidadão portogauchense.
Hoje quando passo próximo ao Paço municipal em minhas caminhadas semanais, enxergo um amontado de sucatas espalhadas pelo seu pátio, espelhando o nosso futuro e o descaso administrativo que vem ao longo dos tempos se perdurando. Uma cena apocalíptica futurista digna de uma película “hollywoodiana”
O que ainda é mais desanimador, é a notícia veiculada da extinção da Comarca, mesmo diante da edificação do prédio do Fórum novinho em folha, que de uma certa forma embelezou nossa sofrida urbe. O receio é que simplesmente fique em desuso se a indesejada extinção vier acontecer.
Sugiro, que o Poder Executivo e Legislativo local, convoque uma urgente reunião pública para debater o problema, procurando encontrar meios para que, possamos caminhar de forma segura rumo ao futuro, atraindo investimentos privados, e meios de combater a especulação imobiliária, doa a quem doer. 
Todos terão que fazer sacrifícios, ou amargaremos mais esta derrota, que certamente contribuirá em muito para o desânimo dos investidores locais e de outros que porventura intencionam em aqui se estabelecer. A iniciativa do investidor não deve ficar truncada por uma notícia desta, pois pode criar incertezas e insegurança jurídica.
Quero deixar claro que o meu “post”, não é somente crítico, buscando afetar um ou outro político ou empresário. Quero que aceitem como um alerta, e seja urgentemente buscado soluções administrativas conjuntas para tal situação.
Clamo também a atenção do setor privado, para que não desistam dos investimentos, frente a tão nociva notícia. Nesses momentos difíceis, que temos que caminhar firmes e unidos.









  
  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O sonho do indiozinho Kuimba'e Karape - 2ª e última parte.


  Kuimba’e Karape,  tornando-se cacique daquela pequena tribo,  novamente buscou em Tupã, apoio para prorrogar por mais uma vez seu cacicado, mesmo sabendo que o  entristecera com promessas não cumpridas.
  Adentrou na grande mata, e clamou por Tupã, mais este não lhe respondeu. Por várias ocasiões Kuimba’e dirigia-se floresta adentro gritando por Tupã, até que uma noite, ouviu-se o rimbombar de um trovão, cujo estrondo ecoou pela mata. Era Tupã, que incomodado pelos clamores de Kuimba’e Karape, dava ar de sua ira.
  Com a voz de muitas águas, Tupã indagou a Kuimba’e Karape, o que ele pretendia agora?!! Kuimba’e Karape, dissera então: - Tupã, pai das matas, e das Tribos que vive nela, ajude Kuimba’Karape, a ser novamente cacique. Kuimba’Karape, promete não mais decepcionar Tupã. E novamente Tupã, concedeu a ele que fosse escolhido Cacique por um período de 48 luas cheias.
  Iniciado seu segundo cacicado, Kuimba’e Karape esqueceu novamente de suas promessas, voltando a cercar-se de outros índios bajuladores e inescrupulosos. Em sua taba oficial, Kuimba’e Karape, inflamou com muitos outros índios, para desfrutarem de sua farta mesa.
  Os demais integrantes da tribo, tinham que caçar e colher frutos no mato, para sustentar o cacicado de Kuimba’e Karape, e eles não gostavam nada disto.
Kuimba’e Karape passou então de cercar-se de índios de outras tribos, para que este prestasse a ele sua honra. E assim os indígenas estrangeiros, também participavam da sua mesa.
  Tupã então, vendo o sofrimento daquela tribo, e a arrogância e insensatez do seu cacique, amaldiçoou-os, pois novamente havia sido enganado por Kuimba’e Karape. Colocou neles um encantamento deixando-os desnorteados para conduzi-los próximo a uma lagoa, e chegando lá os atirou em suas águas, transformando-os e peixes e outros insetos.
  Foi assim que originou as Traíras, “Marubás” e Sanguessugas nos rios, tornando-se símbolos da traição e ganancia humana. Surgindo o ditado, de que a Traíra mesmo sem a buchada pode morder e ferir. 

                                                               FIM.