quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sucessão municipal, na visão de um rabugento.


Em minha pequena cidade, foi dado início a corrida pelo cargo mor do Paço Municipal. O atual gestor apresentou três nomes, e entre eles, o de sua preferência, que certamente tentará enfiar goela abaixo dos eleitores locais.

Em uma cômoda e segura situação, está a candidata da oposição, que certamente engrossará os seus votos com a formalização da candidatura preferencial do atual gestor. E o eleitor??? Para ele certamente prevalecerá em tudo isto, aquele ditame do “aceita que dói menos.”

Na eleição municipal anterior, sem paixão resolvi me abster, nem compareci as urnas para o sufrágio. Teve uns que me chamaram de covarde por aquela atitude.  Mais entre dois venenos que lhe são oferecidos, você não escolhe o menos letal, simplesmente você não toma.

Pelo andar da carruagem, eu simplesmente poderia optar novamente por me abster de tomar tais venenos. Mas desta vez, um candidato em particular, dentre todos apresentados neste suicídio eleitoral, me levará as urnas para exercer o direito ao voto. E certamente estarei lá, para votar contra ele.

Desta vez, não ficarei quieto, passivo, como outrora, mas abrirei a mala de ferramentas, para gritar alto e em bom tom, em quem irei votar. E certamente farei coro com muitos, repetindo a velha pergunta que não quer calar: “Onde está Franciele???”

Sei que no meio político, infelizmente, o que menos importa é o caráter, o escrúpulo a formação moral, o berço, educação etc...E como diz o velho adágio popular, “o fruto não cai muito longe da árvore”.

Por falar em Franciele, e saindo um pouco do irritante assunto de candidaturas locais, em minha singela opinião, ela se tornou um símbolo, uma marca, um grito de revolta, que vem caindo em esquecimento, e, certamente irá ser muito lembrada nas eleições deste ano, se o candidato situacionista for um em particular.    

Querer enfiar goela abaixo, um candidato que particularmente nos lembra o lamentável e horrendo fato acontecido em nossa cidade, somente por vaidade política, é atentar contra o bom senso. Espero que os eleitores da minha urbe, lembre deste fato, na hora do sufrágio. Lembre daqueles que se uniram para proteger e até dar fuga na época, ao maior suspeito de ser o algoz daquela mulher.  

Espero que os religiosos, Padres, Pastores e pregadores, acostumados na defesa da moral e dos ensinamentos Cristão, não se deixe a influenciar, pelas visitas ocasionais de candidatos em seus templos, e lembrem-se do fato criminoso que estou referindo.

Lembrem-se daqueles que usaram de influências para ajudar a prejudicar as investigações e acobertar o autor daquele horrendo crime. Franciele carregava no ventre um feto, o inquérito até os dias atuais, permanece inconcluso. Teve até um Delegado de Polícia, “metido a “estrelinha” apaixonado pelos holofotes midiáticos, que vociferava em rasgar o diploma, se não resolvesse o caso. Não sei se cumpriu a promessa.

Uma coisa é certa, e faço somente por exemplo, não irei votar em candidato, que ao ser surpreendido prevaricando, se atira ao chão simulando um desmaio. Até a covardia tem limite.

Desta vez, não irei ficar silente como em outrora, doa a quem doer, irei meter o dedo na ferida, e direi o “porquê”. Afinal de contas sou rabugento.

  

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