Nesta semana, os
Vereadores de minha cidade, mergulharam em uma incômoda polêmica, onde foram envolvidos os interesses individuais “de uns” em detrimento aos interesses
de uma considerável maioria aqui intitulada “de outros”. “Nós” contra “eles”,
assim definido. Tudo porque, a toque de caixa, resolveram mudar o nome de um
logradouro público.
Pois bem, e eu como
sempre, fui contemplado com o título de maior responsável pela celeuma, por
fazer parte daqueles “outros” contrários e atingidos pela mudança aprovada pela
Casa do Povo.
Não sei onde me enquadro
neste polêmico contexto de interesse egocentrista, se sou “nós” ou “eles”, vai depender
do ângulo de postulação e dos interesses em jogo.
Sei que fui contra a
mudança aprovada, por me causar incômodos e aborrecimentos. Então os incomodados
são “eles”, onde eu me enquadro, os favorecidos e beneficiários são “nós”. Que
confusão!!! Aplica-se o velho ditame popular, “pimenta nos olhos dos outros, é
refresco...” rssssss.....
Egocentrismo é o
comportamento voltado somente para si ou tudo que lhe diz respeito, ou ainda, a
incapacidade de diferenciar-se dos outros. (grifei) Quando
em um indivíduo em especial, usa-se o termo "egocêntrico", denotando
alguém preocupado consigo mesmo e indiferente aos problemas dos “outros”, (...)”. (fonte:
Wikipédia).
Resumindo, conjunto de atitudes ou comportamentos
indicando que um indivíduo se refere essencialmente a si mesmo. (definição psicológica).
ÉTICA: Em resumo, é
o conjunto de regras e preceitos de ordem
valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Sou morador do logradouro atingido pela mudança, desde quando aqui
aportei, ou seja, a 37 anos passados. Será que não tenho o direito de
manifestar-me contra a mudança??? Não, você não tem o direito, afinal de
contas, é a homenagem póstuma ao pai de um membro do legislativo local.
Reafirmo aqui, que nada tenho contra a pessoa do homenageado, contanto que o
logradouro, fosse um outro, ainda não consolidado pelo passar dos anos.
Estão fazendo uma vitimização absurda pela celeuma, e se afastando do
dever ético dos membros da Casa, cujo dever, seria o interesse do povo, e não
de um número reduzido de pessoas, somente com o escopo de atender o egocentrismo
de meia dúzia. Neste caso específico, de um membro daquela Casa.
Chegaram ao absurdo de dizer que há uma disputada entre dois escritórios
de contabilidade. Tenham paciência, em momento algum isto está ocorrendo, parem
de se vitimizar, e fazer disto uma disputa individual, voltem-se para o
interesse da maioria. Aliás, disputa profissional, se dá pela competência, e
não em nome de ruas ou avenidas.
Quero deixar claro, que minha manifestação é publica, nunca fiz nada as
escondidas, fui contra, sou contra e continuarei contra a mudança objeto
daquela infeliz preposição, por entender que somente trará aos atingidos incômodos
e outros transtornos, principalmente o econômico. Sei que tem aqueles comodamente
favoráveis, é um direito de cada um pensar como lhe aprouver.
É sabedor, que o Vereador é inviolável pelas suas opiniões, palavras e
votos no exercício do mandato, infelizmente mesmo que isto desagrade e fira os
interesses de outrem, ou do povo de um modo geral.
Como também é de conhecimento, que certas atitudes e preposições, mesmo
que ocorra pelo ato e posicionamento do Edil acobertado pela sua
inviolabilidade, pode ser incompatível com o decorro parlamentar, ainda mais,
quando entendido como abuso de suas prerrogativas.
Um Vereador, quando empunha uma bandeira de interesse pessoal, deixa de
lá tudo aquilo que jurou respeitar, concernente ao interesse primordial do povo
que o elegeu. Principalmente sendo antiético, comportamento este contumaz nos
dias atuais.
É louvável que ele, o Vereador, empunhe uma bandeira que acredita ser de
interesse de uma considerável maioria. Mas quando esta bandeira é de seu
interesse pessoal, passa a ser puro egocentrismo e antiético.
A preposição votada e aprovada pela Casa, para eu, em minha insignificância
posição de eleitor no exercício de uma pretensa cidadania, não passou de uma
massagem de ego de um dos membros daquela Edilidade. E quando este membro sai a
luta para manter a aprovação integral daquela preposição, passou a ser visto
como “massageamento” individual, ou auto “massageamento”. Comportamento este incompatível,
com aquele que os eleitores esperam daqueles que receberam o seu voto.
Fica aqui meu solitário protesto, fica aqui minha repulsa!!! Como também fica aqui, meu apoio e admiração, aquele Vereador, que ousou a enfrentar aquela incomoda situação, se colocando contra a preposição. Para você fica aqui registrado meu solitário porém publico aplauso.