É complicado, mas
compreensível. As vezes somos forçados em revidar, e neste revide, golpes são
trocados, disparos são feitos, e a luta toma proporções ofensivas de ambos os
lados em contenda. Vítimas surgem do nada,
magoas brotam em lágrimas, enfim, na guerra sempre haverá vítimas inocentes ou
não.
Costumo assistir muito as
lutas do “vale tudo”, MMA, ou UFC na TV, um dos poucos esportes que ainda me
prende frente a telinha. Em algumas lutas que assisti, houvera um equilíbrio na
troca de golpes, chegando no final dos “rounds” com ambos lutadores em pé,
ficando a critério dos jurados, no declínio do vencedor. Tem outras, que um dos
lutadores, vai a nocaute de tanto apanhar do adversário, e como é dito no
linguajar do octógono, é finalizado.
Tem outras lutas, em que
um dos lutadores começa apanhando, você até arrisca apostar que ele não
terminará a luta, e será finalizado, porém em uma repentina reação do
adversário, com um golpe bem acertado, aquele que estava até então apanhando,
reage e finaliza seu adversário.
Na vida e na guerra, tem
os revides naturais da peleja, porém não somente resume como dentro de
octógono, pois poderá haver vítimas, que não estão fazendo parte da contenda.
Um exemplo marcante de
revide ou defesa, no mundo é a luta constante de Israel e os malucos do hesbollah. O grupo islâmico
terrorista ataca o Estado de Israel com seus mísseis, e as vezes até consegue
causar danos e juntos, vítimas inocentes. Por outro lado, o Estado de Israel,
se defende e contra-ataca os grupos Islâmicos radicais, e também causa vítimas
inocentes.
Eu reluto muito em entrar
em contendas, mas as vezes, sou levado a ela por simples provocação do
adversário, ou por um mero olhar de afronta e desafiador. Confesso, não gosto
de ameaças, não gosto de ser desafiado, pois logo saio atirando sem resguardar
as vítimas em torno do desafiador. Infelizmente tem pessoas que não merece ser
envolvidas na agressão, seja de que forma for.
Toda ação tem uma reação,
e quando percebe-se que alguém está ferido, melindrado, entristecido com o
revide, pois não deveria fazer parte daquela contenda, surge para o agressor um
momento de pesar, vez que seus disparos afetaram pessoas que não deviam.
Na selva, quem não almoça, certamente será
jantado, daí ter-se que agir sempre como um predador, e não como vítima. Na
guerra, aquela versão de dar outra face, não existe. Sempre haverá o
contra-ataque defensivo.
Quando optei por ficar
distante das contendas eleitoreiras, o fiz com o escopo de evitar os desgastes
que ocorre nestas situações. Os melindres que certamente maculão pessoas que
são somente vítimas. Porém esta situação não deve ser interpretada por alguns, como
covardia, fraqueza. E como disse nessa postagem, o predador, farejando fraqueza
ataca sua presa, achando que ela está morta. Isto pode ser um erro do pretenso
predador, e como diz o ditame gaúcho, “não está morto que peleia”.
Alguns meses passados,
devido meu posicionamento contra o “lockdown”
fiz críticas contra aqueles que defendia o “fique em casa”, citando que os
maiores defensores e beneficiados desta prática surgida com surto pandêmico da
peste chinesa, seriam os funcionários públicos. Eles tinham o ganho mensal
assegurados pelos privilégios estatutários. Bastou que um desses, usasse tal
crítica para tentar me atingir, porém errou seu ataque ferindo pessoa que não
estava e nem fazia parte daquela contenda.
Tal achaque tornou-se público, por publicação nas redes sociais do
despreparado idiota, inclusive tendo sido objeto de reunião. Sim naquela
reunião, que fui chamado de velho rabugento. Rsssssssssss. Achei muito caricato
ser chamado de rabugento, ainda mais, por ter sabido quem proferiu tão
hilariante frase.
Logo meu “watsApp”, foi inundado de informações, principalmente por
alguns que desejavam em muito me ver envolvido na contenda eleitoreira.
Percebendo a manobra, preferi deixar para lá, e não contra-atacar como sou
contumaz. Aliás, rabugento, até que soou bem, logo resolvi adotar o ilustre
personagem dos desenhos animados.
Algum tempo depois, daquele incidente relatado, atravessava a rua
próximo ao mercado local, quando um veículo utilitário, com três indivíduos,
dois dentro da pik up e um em cima da carroceria, viera em minha direção. Parei
e aguardei que o veículo passasse por mim, foi quando levantei o olhar,
reconheci o indivíduo que alguns meses atrás havia me atacado e causado um
mal-estar para com uma terceira pessoa, como relatei anteriormente.
O indivíduo olhava para mim, com um olhar de desdém, arrogante, desafiador, debochado, como que estivesse com o propósito de me
provocar. Seu olhar, era desdenhoso, e sua boca esboçava um sorriso matreiro
com o evidente intuito de zoar com a minha pessoa. Deve ter ele pensado, que um
velho rabugento, estaria morto, pois não revidou quando fora por ele atacado.
Ele agora era o preferido do rei, para suceder-lhe no trono. Todos teriam que
lhe prestar reverências. Ledo engando.
Tudo veio à tona, e as lembranças de então, e as ofensas daquele dia,
voltaram a brotar novamente. Era então chegado a hora do revide. Bastou para o
ataque inicial fosse proferido em mais esta batalha. É certo que a batalha irá
favorecer a princesa filha da rainha deposta, incentivando-a em reivindicar sua
herança ao trono.
Bastou um simples olhar desafiador, bastou somente uma pequena gota de
água para que a sementa da íra brotasse. Infelizmente o revide tardio magoou pessoas, e
desta vez do outro lado da trincheira.
Lembrei de outro clássico dos desenhos animados, que era forçado em assistir
com minhas filhas quando elas ainda eram crianças. Os Thundercats, naquele
seriado animado, havia um personagem, que ao se transformar invocava as forças do
mal, e repetia: “ antigos espíritos do mau, transforme esta forma decadente em
mumm-há...” e o personagem se transformava em um lutador forte e hábil, que
novamente seria vencido pelos heróis do desenho.
Você que ler este post, certamente irá dizer o que tudo isto tem a ver
com o tal desenho?!! Realmente nada, somente referi a ele devido o frase de
mumm-ra, “...tranforme esta forma decadente...” Somente isto, e nunca achem que
devido o adversário estar silente, ou velho, ele não irá revidar.
Mas tem sempre um adágio popular aplicado nestas situações: “Quem tem telhado de vidro não atira pedra no
telhado do vizinho". Quem não quer levar porrada, não entra em briga. Pois
rabugice não é sinônimo de fraqueza, e como dito anteriormente “não está morto
que peleia”.
Tá explicado os motivos do revide. Se irá ficar somente aí eu não sei,
somente o tempo dirá, enquanto isto lubrifico as ferramentas, afio a espadas,
recarrego os cartuchos, lustros os escudos, e estarei pronto para a batalha.
Afinal sou um velho rabugento e decadente, vez ou outra se transforma em mumm-rá.
Rsssssssssssss.